sexta-feira, janeiro 26, 2007

A Serra da Estrela e as placas sinalizadoras!!!

Monumento aos Pastores e Queijeiras, em Fornos de Algodres, com a "Serra da Estrela ao fundo.

Ja ha dois dias seguidos, que leio no jornal diario; "Diario XXI", e no semanario; "O Interior" que as gentes do Sabugueiro e do concelho de Seia em geral, se encontram desgostosas e com razao, pela falta de placas sinalizadoras da Serra da Estrela, nas saidas de Viseu e de Celorico, na nova A25.

Concordo plenamente e creio que sao necessarias, pois todos quantos venham do litoral e do Norte, nao tem nenhuma identificacao acerca das melhores saidas para a "Serra".

So estranho em todo este processo, que as pessoas so se preocupem com elas e nao vejam este tema globalmente. Passo a explicar; para alem de entradas menos importantes, a Serra da Estrela tem quatro entradas principais, pela Covilha e por Manteigas, via A23, e por Seia e Gouveia, via A25.

Ora se as gentes de Seia acham que estam prejudicadas, deviam ver esta falta de placas mais globalmente, vendo que se e verdade que serao necessarias placas em Viseu e Celorico, tambem essas mesmas placas sao necessarias em Mangualde e Fornos de Algodres, dando entrada a "Serra" por Gouveia.

Tambem sinto estranheza, em nao ter ainda visto o autarca de Gouveia, reclamar as placas tambem.
Ja tenho neste "blog" falado em cooperacao entre os varios municipios e, principalmente a falta dela, este e mais um caso em que cada um so pensa em si e no seu concelho.
E que triste e tudo isto!!!

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Porque nao, associativismo ou cooperacao?

Um pequeno exemplo de terras ferteis e quase abandonadas, junto a Ribeira das Forcadas!

Porque como ja me chamam "cota", pois ja passei das cinco dezenas de anos, ainda me recordo de ver todos os pedacitos de terra aravel (ou cavavel) cultivados, tambem me lembro dos tempos, em que toda a terra que nao era cultivavel, era florestada, pelo que a minha regiao era das mais verdes do Distrito da Guarda, tanto de inverno como de verao.

Felizmente ou infelizmente, depende do ponto de vista de cada um, nestes ultimos trinta anos tudo mudou. Ja nao e rentavel, devido a escassez e elevado custo da mao de obra, cultivarem-se todas essas terras, coisa que compreendo muito bem.

Tambem entendo que em moldes rentaveis e modernos, muitas das terras outrora cultivadas, nunca mais o seram e a essas, estar-lhes-a reservada a floresta.

Mas o que eu nao entendo nem aceito de bom grado, e ver vales fertilissimos e cheios de agua, ao abandono e sem produzirem absolutamente nada.

Tenho conversado ultimamente bastante com espanhois e principalmente com "galegos" e sei a razao do sucesso da sua agricultura.

Como saberam a Galiza, tal como Portugal e uma regiao montanhosa e onde a terra esta repartida por muitos minifundios, ora qual foi a accao que eles tomaram para rentabilizar a terra?

Foi a associacao e o cooperativismo. Juntaram-se as pessoas de varias aldeias, mediram a terra que cada um possuia, formaram associacoes cooperativas que cultivam as terras com productos rentaveis para cada area, com os mais modernos meios e equipamento. Semeiam, colhem, embalam, transformam e vendem directamente, aos grandes armazens ou superficies comerciais sem haver intermediarios.

Ora uma agricultura nestes moldes e rentavel para toda a gente, porque depois de se contabilizarem as despesas, o lucro e repartido de acordo com a terra que cada um possuiu.

Portanto pergunto agora, porque razao nao fazemos nos o mesmo?
Isto tanto podia e devia ser aplicado na agricultura, como na floresta. Mas nao, somos individualistas demais e preferimos ver "terras de milho e batata" cheias de giestas, enquanto culpamos os varios governos pela nossa pobreza.

Aos governos tanto nacionais como locais, compete dar-nos condicoes de vida como; vias de comunicacao, infraestruturas publicas para uso comum e prover educacao e saude. Todo o resto devia partir da iniciativa individual de cada um, ou da associacao dos varios cidadaos.

Muito gostaria de ainda voltar a ver, as nossas terras ferteis produzir riqueza para todos!

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Repovoacao de aldeias abandonadas! Porque nao?

Uma das casas da aldeia das "Cortes", junto a Vila Cha (d'Algodres). Esta esta assim, as outras estao muito pior!!!



Ja aqui aflorei embora de relance, uma ideia que ate ja nem e nova nem original; que e a repovoacao e reconstrucao de quintas abandonadas.

Hoje vou-me referir ao potencial economico da possivel e ate desejavel, repovoacao das pequenas aldeias abandonadas no meu municipio.

Ate meados do seculo XX ainda eram habitadas tres aldeias minhas conhecidas e circundantes da minha natal; Vila Cha. Eram as aldeias das "Cortes", do "Crasto" e a "Quinta de Mateus", todas elas incorporadas na freguesia e antigo concelho de Figueiro da Granja.

Sabendo eu que existe em varias partes do nosso pais, vontade por parte de cidadaos europeus; Holandeses, Alemaes, etc., vontade para comprar casas e quintas abandonadas, reconstrui-las e habita-las. O que sera que podera impedir o nosso municipio, para publicitar a existencia destas aldeias abandonadas, para uma possivel e desejavel recuperacao e povoamento?

Ao mesmo tempo deve a autarquia, sensibilizar os actuais proprietarios dessas construcoes, muitas delas em ruina extrema, para a sua venda, sempre tendo em conta o preco actual e, nao uma inflacao que podera ser um obice a sua recuperacao.

Qualquer uma destas aldeias mencionadas, se encontram muito perto, (poucos metros) de estradas municipais e nacionais sendo de acesso muito facil, portanto perto de tudo.

Creio que seria uma das maneiras de contrariar a desertificacao, enquanto eram injectados na economia regional fundos tao necessarios. Portanto vamos valer-nos da nova Auto Estrada 25 e tentar inverter a tendencia desertificadora.

Que me dizem a isto?